Muito provavelmente você já ouviu falar sobre o Burnout. Ele vem se tornando cada vez mais comum e popular na cabeça e na fala das pessoas. Vemos constantemente pessoas falando sobre o estresse em seu trabalho de forma até cômica, “Nossa, mais um belo dia para eu ter um burnoutinho” ou “Estou burnoutizado”, mas o mais interessante foi “Estou com um Burnout marcado para sexta-feira”, dito assim mesmo, de forma cômica, mas muito natural, verdadeira e até preocupante.
O Burnout, de forma bem objetiva, também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante
Para entender um transtorno ou doença, podemos utilizar de algumas fontes, mas sempre buscamos duas principais: o CID (Classificação Internacional de Doenças) e o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Cada uma dessas fontes é atualizada de tempos em tempos e aqui vamos utilizar as versões mais atuais. É possível encontrar no CID-11 uma explicação sobre distúrbios associados aos estresse:
“Transtornos especificamente associados ao estresse estão diretamente relacionados com a exposição a um evento estressante ou traumático, ou uma série de tais eventos ou experiências adversas.”
Um ponto importante é que o Burnout é classificado pela CID-11 como um fenômeno organizacional e não uma condição médica individual de alguém, ou seja, existe uma relação causal de estresse entre o Burnout e o trabalho da pessoa. Vejamos, então, de forma um pouco mais específica o que realmente é o Burnout:
“Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. É caracterizada por três dimensões: 1) sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia; 2) aumento da distância mental em relação ao trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho; e 3) uma sensação de ineficácia e falta de realização. Burnout refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida.”
Como vimos, esse é um distúrbio com relação direta com o trabalho, ou seja, existe alguma coisa nele que leva às pessoas a estarem nessa situação. As causas podem ser diversas passeando por ambiente, ergonomia, demandas, condições e até as relações interpessoais. É necessário que tenhamos nitidez sobre como está organizado o trabalho na nossa empresa para entender o que pode estar gerando ou não essa situação.
Buscando observar as estatísticas e dados que temos hoje em dia em relação ao tema, conseguimos identificar as principais questões que podem influenciar o Burnout. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, os principais motivos que geram essa situação no mundo são:
Podemos, então, ao observar toda a dinâmica de nossa organização, como os fatores acima são dados e se organizam para que possamos ter uma perspectiva mais direcionada da organização do trabalho na nossa empresa.
A experiência de trabalho das pessoas impacta bastante na saúde delas e nenhum de nós, estando em posição de gestão ou não, tem o privilégio de não ser vítima desse processo. A depender de como o trabalho é posto, podemos em algum momento nos encontrar nesse quadro.
Por exemplo, de acordo com o Relatório de Segurança Psicológica, da Moodar, mostra que, em 2023, por volta de 30% de pessoas em posição de Não-gestão estão em zona de risco. Já pessoas em posição de gestão, 26% delas.
Para responder essa pergunta, precisamos ter conhecimento dos sintomas relacionados ao distúrbio. Pensando nisso, quais são os principais sintomas relacionados ao Burnout?
1) Esses sintomas podem estar relacionados também a outras questões que não envolvem o Burnout;
2) Isso é um indicativo e não um diagnóstico. Para que haja a comprovação é preciso que exista o que chamamos de um nexo técnico que comprove a causalidade entre trabalho e o distúrbio.
O tratamento para a pessoa adoentada é principalmente através de psicoterapia, muito provavelmente podendo estar unida a medicamentos. No fim, existe um trabalho conjunto da Psicologia com o tratamento médico.
Além disso, é necessário que a pessoa consiga dar uma pausa das suas atividades, aliás esse é um distúrbio relacionado ao trabalho. Sendo assim, mudanças nas condições de trabalho são extremamente necessárias para o tratamento e manutenção de uma futura condição saudável novamente. Sem contar da mudança individual dos hábitos de vida, que vão envolver alimentação e atividades físicas, por exemplo.
Em relação ao afastamento do trabalho, a pessoa trabalhadora inicialmente tem direito a licença médica remunerada de 15 dias. Há situações em que esse tempo precisa se estender, sendo assim, ela poderá receber benefícios do INSS nesse período, como um auxílio-doença, por exemplo. Isso, por sua vez, só irá acontecer com o parecer do nexo técnico, dito anteriormente.
É nítido que é necessário um trabalho conjunto de acompanhamento psicológico, médico, mudanças individuais e, principalmente, o suporte da gestão da organização. Trabalhos com processos mal desenhados, metas abusivas, ambientes nos quais os diversos tipos de assédio acontecem, entre tantas outras coisas possuem uma relação direta com o adoecimento no trabalho.
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